sexta-feira, 25 de março de 2011

Vai.
Externa o que você sente.
Sai dessa clausura que te corroeu tanto esse tempo.
Mostra pro mundo, vai, pode mostrar.
Grita, berra. Agora dá.
Agora é permitido, assim é que faz sentido.
Agora não tem mais amarras que te prendem a solidão de nós dois.
Agora não tem mais nada contra e nem tempo.
Não tem mais contratempo. Não tem mais contravenção.
Eu prefiro me resguardar à solidão.
Vai... grita agora, pode gritar.
Meus ouvidos não vão ouvir nada disso.
Meus ouvidos estão tapados para a tua voz.
Porque tua voz foi tudo o que eles ouviram durante essa clausura que te amargurou.
Vai... vai e me esquece.
Vai gritar que é o que você precisa agora.
O que você precisa agora é bem diferente do que eu quero.
E o que eu quero agora também não importa.
E o que importa é exatamente o que não quero falar.
Não quero porque não dá.
Não posso porque agora está difícil até de respirar.
Vai... Me deixa um cigarro e vai.

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