quinta-feira, 16 de junho de 2022

A SAGA DA FAXINA

Sete horas da manhã. Acordei, olhei para a casa e pensei: Hoje é um belo dia para se fazer uma faxina. Foi uma vontade totalmente espontânea. Acreditem.

Comecei a faxina pelo meu quarto. Óbvio. Uma boa faxina deve começar pelo lugar onde você recarrega suas energias. Passei aspirador, troquei a roupa de cama e fui organizar o armário. Umas roupinhas fora do lugar. Nada demais. Dobrei as duas primeiras blusas e me deparei com uma blusa que eu tenho absoluta certeza que foi estrategicamente posicionada pelo demônio responsável pela desorientação das pessoas com TDAH. Olhei e pensei: será que ainda cabe?

Vesti e pensei: Vou olhar no espelho (que fica localizado no banheiro). Ao passar pela copa para entrar no banheiro, vi o cesto de roupa suja. Já separei umas roupinhas para lavar e me dirigi até a lavanderia a fim de colocá-las para bater. Claro, melhor colocar agora porque a máquina demora pra finalizar o ciclo.  Voltei para me olhar no espelho e passei pela porta do quintal. O cachorro pulou e fui fazer um carinho. Percebi que o quintal estava sujo e que a água deles estava no ponto de trocar.  Prontamente puxei a mangueira e fui lavar o quintal. E, ainda com a blusa (a que eu ia olhar no espelho se ainda cabia), pensei: melhor tirar a blusa porque está limpa e vai sujar. Tirei.

Lavei o quintal, catei as fezes caninas e percebi que a lâmpada do quintal estava queimada. Deixei a mangueira aberta e fui na copa para pegar uma lâmpada nova. Eu lembrei que a lâmpada estava queimada e comprei quando fui ao mercado. Uns três meses atrás. Tocou o celular. Era mamãe querendo saber do meu dia. Atendi e sentei no sofá da sala para falar com mamãe. Enquanto falava com mamãe, taquei um fone de ouvido e fui lavar a louça (para otimizar o tempo, afinal, é dia de faxina). A tampa de uma das panelas estava extremamente engordurada e cheia daquelas coisinhas pretas que ficam nos cantinhos mais perversos. Coloquei de molho do Cloro Vim que uso para desengordurar as coisas e fui procurar um bombril. Não tinha. Bora na mercearia da esquina. Passei no quarto e peguei outra blusa (a que eu tirei para colocar a que eu ia experimentar estava no chão, a que eu experimentei estava pendurada na porta do quintal) e saí.

Comprei o bombril, uma coca zero, alface, grão de bico (que não sei nem fazer), pão de forma integral, requeijão e rúcula. Voltei. E tudo isso com mamãe no telefone. Tirei a blusa e deixei em cima da mesa da sala. Fiz um sanduíche de rúcula com requeijão e sentei no sofá para comer. Depois fui terminar de desengordurar o raio da tampa da panela. Falando com mamãe surgiu o assunto "água" e CACETE! DEIXEI A MANGEIRA ABERTA. Fui no quintal para fechar a mangueira e terminei de arrumar as coisas. Botei água para os dogs e voltei para dentro de casa. A máquina tinha acabado de bater a roupa. Tirei toda a roupa de dentro da máquina e coloquei no varal de pé. Tocou o telefone. Mensagem do trabalho. Sentei no escritório para resolver o que me pediram às 11hs da manhã. 

01:25 da madrugada: Ainda estou aqui, no escritório, trabalhando.

 

E a casa?

Ah, amanhã eu termino.


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