Eu sou chata, azeda, exigente. Gosto de regras.
Aliás, preciso delas. Isso não significa que eu não as quebre vez ou outra. Me
perco com muito barulho, na verdade, nem gosto de barulho. Prefiro ficar em
casa com amigos do que na rua. Tenho pavor de morrer. Sou grossa, choro por
qualquer motivo e não sei discutir. Se você me perguntar o que eu penso, vou
dizer sem medo, porque acredito que, se você não quisesse saber a verdade, não
me perguntaria. Sei bem a diferença entre falar na cara e ser grosseira. Meu
tom de voz não ajuda quando tento ser delicada, por esse motivo, capricho na
escolha das palavras. Falo palavrão pra caralho. Quando estou estranha, me
afasto de todos. Falo pra cacete, quero abraçar o mundo com as pernas. Sou meio
metida. Na verdade, sou Leonina pra cacete, com toques de Canceriana. Quando
estou errada, reconheço e peço desculpas. Às vezes demora porque sou meio
analítica. Quando estou certa, estou certa e dificilmente vou mudar de opinião.
E pode ter certeza de que vou ser extremamente insistente para ser
compreendida. Falo da minha vida demais. Sou super cabeça pra umas coisas e
extremamente flexível pra outras. Não tenho medo de mudar de opinião se for
para o meu crescimento. Quando enfrento uma situação difícil, em qualquer
aspecto da vida, olho para todos os lados, penso em todas as hipóteses, vejo o
meu lado, o seu e o de todos. Geralmente me calo para não brigar porque o que eu acredito me basta. Peço desculpas sem medo, mas não sou boa em praticar o
perdão quando algo me magoa de verdade. Fico indignada e puta da vida com
injustiça. Não sou de briga, mas tem épocas que sou a discórdia em pessoa.
Gosto de aprender e, por mais que pareça que eu não estou me importando, eu
estou. Me importo com o sentimento dos outros, mas não com o que vão falar.
Odeio que falem inverdades sobre mim, o que geralmente acontece. Minha mãe e meu pai são as coisas mais importantes e imprescindíveis da minha vida. Uma é meu colo. O outro é meu super-herói e meu porto seguro de racionalidade. Meu coração já foi um vagabundo, mas hoje sou extremamente feliz e completa com o meu casamento.Tenho fama de
mentirosa vinda de pessoas para quem nunca menti. Aliás, dificilmente eu minto.
A não ser que eu esteja atrasada pra te encontrar. Aí vou dizer que estou
chegando, mas na verdade provavelmente nem tomei banho ainda. Sou péssima com
horário. Não sei falar de sentimentos a não ser escrevendo. Odeio que fiquem me
pegando, abraçando e me encostando. Não gosto que falem muito perto de mim. Se
você me magoar, vou falar com você, mas no meu tempo. Às vezes demora um dia, às
vezes um ano e, na maioria das vezes, nunca mais. Não perdoo ninguém duas
vezes. Sou muito rancorosa e vou jogar seu erro na sua cara sempre que eu achar
necessário. Sou bagunceira ao extremo e não me encontro na minha bagunça.
Quando tô em crise, gosto de arrumar meu armário, já que não consigo arrumar
minha bagunça interna. Perco tudo, mas geralmente acho. Não me dou bem com as
minhas chaves. Quero adotar todos os cachorros que vejo na rua. Sou flamengo,
gosto do flumimense, mas não me ligo mais e m futebol. Não sou muito fã de
comprar roupas pra mim mesma. Amo aparelhos eletrônicos. Adoro fazer compras no
supermercado. Não vivo sem café. Tem épocas que sou noturna, outras sou diurna.
Durmo uma hora e me sinto renovada. Gosto de cochilar. Sou muito egoísta
pra umas coisas e altruísta demais pra outras. Toda vez que fico extremamente
nervosa, eu durmo. Não penso quando estou com raiva. Dificilmente sinto raiva. Não
entendo meias verdades, não entendo deslealdade e não aceito mentira. Falsidade
não me incomoda porque lido bem com pessoas falsas. Mentira me tira do sério. Mentira
com o meu nome me tira do meu prumo, mas mentira com o nome de quem eu amo me
faz perder a cabeça de verdade. Sou leal como um cachorro de mendigo. Não gosto
que me digam uma coisa que não posso contar pra fulano. Fatalmente irei contar
sem querer. Sou desajeitada, não sei cozinhar, apesar de ter aprendido a cortar
cebola como no MasterChef. Amo meu trabalho, sou muito feliz com a minha vida. Me
sinto bem demais quando faço todo mundo rir. Perco o amigo, mas não perco a
piada. O único problema da minha vida é o meu desequilíbrio financeiro. Amo
minha família, mas não sou de procurar muito. Ligo pra você às quatro da tarde
de uma quarta-feira, mesmo se não falar com você há dez anos. Tenho poucos e
bons amigos e faço questão de falar com eles, pelo menos, uma vez por semana.
Odeio whatsapp. Começo a conversar por lá, mas em cinco minutos seu telefone
vai tocar. Começo um projeto e sempre largo pela metade. Parei de fumar, voltei
e to querendo parar de novo. Estou tomando coragem para fazer uma cirurgia
bariátrica. Sou do Candomblé, mas tenho medo de espíritos. Fiquei estéril
quando estava tentando engravidar. Fiquei sem chão por causa disso. Minha maior
frustração foi não ter feito medicina. Tenho mágoas que não consigo superar.
Vira e mexe reviro meu passado para tentar analisar minhas mágoas por outro
prisma. Sem sucesso até hoje.
Ah, insônia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário