terça-feira, 4 de agosto de 2015

Escrevi esse texto pra você.

Nunca lhe disse, de fato, quanto sofri com o fim da nossa amizade. Na verdade, durante anos cutuquei esse ferimento a fim de mantê-lo aberto. Não queria te esquecer.
Entretanto, não há nada que o tempo não cure. E da mesma forma como curou a dor de não tê-lo mais ao meu lado, curou também a sua ausência. Hoje, nem sequer lembro como era ser sua amiga. Nem me lembro da sua voz e de seus conselhos. Lembro, vividamente, das histórias, das risadas. Não guardei o que era ruim. Mas criei uma espécie de escudo contra você. Hoje, me sinto segura pra dizer o quanto te amei e o quanto não te amo mais. O quanto sofri e o quanto não me faz a menor falta. O quanto aprendi e o quanto não quis que essa lição viesse da forma que veio. Preferia que ainda fosse leiga no assunto. E que ainda estivesse aqui.
Mas hoje o vazio de nossa amizade se transformou numa história engraçada.
Separa. A mãe dele.
Vivida por personagens que não existem mais. Eu cresci, você cresceu. Todos cresceram.


E hoje eu senti sua falta. Mas escrevi esse texto, e ela foi embora.

Nenhum comentário:

A SAGA DA FAXINA

Sete horas da manhã. Acordei, olhei para a casa e pensei: Hoje é um belo dia para se fazer uma faxina. Foi uma vontade totalmente espontânea...