quarta-feira, 7 de julho de 2010

UMA VERGONHA RUBRO NEGRA.



Eu, como uma grande admiradora do futebol em todo o mundo, e uma torcedora “roxa” do Flamengo, preciso deixar exposta aqui toda a minha vergonha nesse momento. Vergonha de dizer que sou rubro-negra de coração, vergonha de ter, por tantas vezes, venerado o nome de um homem sem escrúpulos, sem humanindade. Um monstro sem sentimentos. Seu nome: Bruno.
Culpado ou não, eu tenho minhas verdades. E a verdade que carrego nesse momento é que um homem que defende a camisa de um time, um homem público e adorado pela maior torcida do mundo não poderia, em hipótese alguma, ser nem citado em um crime hediondo como esse, quanto mais ser considerado principal suspeito, pagando traficantes para sumir com o corpo de qualquer pessoa.
O clube de regatas do Flamengo, criado inicialmente para sediar o remo como seu esporte principal, passou, a partir de 1912, a ser o portador de um dos melhores times de futebol do mundo. 31 vezes campeão carioca, 5 vezes campeão brasileiro, campeão do mundo! Um clube que foi eleito pela FIFA como um dos 9 maiores times do mundo. Time de Zico, de Junior... de grandes vitórias. O time da raça, do amor e da paixão agora é esculachado por qualquer vagabundo simplesmente porque esse animal comete um crime estúpido como esse.
Crianças, adultos, velhos... ninguém mais sente o orgulho de ser rubro-negro que antes assolava nossos corações. Meu coração é sim rubro-negro, mas agora ele está dolorido por saber que meu time está se tornando quase um presídio ambulante.
O que precisa ficar claro para todo mundo é que nós, torcedores do Flamengo, estamos sofrendo muito por saber que tínhamos como nosso principal ídolo um monstro. Não precisamos agora de mais críticas, de apontamentos. Nós não somos o Bruno. Somos torcedores e não podemos adivinhar o que se passa na vida de nossos jogadores. Isso cabe aos diretores do clube. Eles têm que averiguar isso para que o time não seja o que está se tornando.
O que é o flamengo agora? Time de bandidos, viciados, traficantes? Time de um assassino frio e calculista que é capaz de permitir que desossem uma mulher dê a sua carne para um cão comer?
O Flamengo é muito mais que isso. O Flamengo é a vitória em campo, é o Maracanã cheio. São as vozes de seus torcedores gritando, juntas, o hino, as músicas, o nome de nossos ídolos.
E se for pra continuar como está, preferiríamos que o nosso Flamengo continuasse mantendo o Remo como seu esporte principal. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

De corpo e alma

Analisando friamente algumas situações que acontecem ao meu redor eu cheguei a terrível conclusão de que nunca se sabe ao certo quando realmente vamos crescer. Não sabemos nem o que é crescer até que isso realmente nos aconteça. Desde muito cedo temos sonhos e planos que desejamos realizar algum dia. Algum dia longe do presente momento em que se sonha. Desde cedo falamos que aos 18 vamos morar sozinhos, comprar um carro, ganhar muito dinheiro em um emprego fixo e bom. Casaremos, teremos filhos. Mas são apenas sonhos. São planos para um futuro que dificilmente concretizaremos aos 18 anos de idade. Me tiro como exemplo disso. Um dia dormi completamente adolescente a acordei meio adulta. E me sinto cada dia mais adulta, cada minuto mais madura. O que me indago é que isso realmente deve ser cultural. Há lugares onde um adolescente de 16 anos já é considerado um adulto, com exigências de adulto, com escolhas de adulto. Se aos 16 eu tivesse sido cobrada dessa forma acho que teria surtado. Precisa de pressa para crescer? Não gosto das coisas com pressa, apesar disso ser uma afirmação um tanto quanto irônica em se tratando de mim, pois encaro tudo com a intensidade de um furacão. Mas se pararmos para analisar até um furacao leva seu tempo para se formar e se tornar o estrondo que é. Ou deve ser... nunca vi um!


Tudo há seu tempo... Levei quase 28 anos para encarar um relacionamento da forma como se deve encarar um relacionamento: sério, leal, sincero, honesto, fiel, recíproco. Levei quase minha vida inteira para entender que mãe e pai também erram, que eles também são seres humanos, que eles também tem uma vida que, por opção, meio que abdicaram ao nos colocarem no mundo, mas que também são passiveis de erros e deslizes. E que não devemos julgá-los para sempre por isso. Às vezes vale à pena fazer vista grossa pra tentar viver melhor consigo mesmo.

Não vou deixar de ser eternamente apaixonada pela vida porque tiro algo do seu lugar e coloco novamente para não instalar a zona pela casa. Porque atualmente prezo um bom almoço e um bom jantar à mesa ao invés de toda torta no sofá, sem estrutura para cortar nada, e com grandes chances de provocar um acidente que me causará maiores trabalhos posteriores. Porque agora tomo mate ao invés de coca-cola diariamente porque o sobrepeso me faz muito mal aos joelhos. Não me considero menos divertida porque descobri que louça e roupa não são auto limpantes e porque agora dou muito mais valor ao trabalho que a minha mãe sempre teve em casa. Casa é algo que se suja por existir. Você acaba de limpar e já se pega triste por ver aquela maldita poeira se formando no canto da sala. Ainda mais quando sua cozinha e seu banheiro são completamente brancos e novos. Não curto menos a vida por ter diversão em lavar as roupas da semana, por esperar minha esposa chegar do trabalho de banho tomado e com a casa arrumada e por ficar feliz se no fim do mês conseguir pagar todas as contas. Meus programas agora acabam muito mais cedo do que antes porque simplesmente prefiro dormir mais cedo para curtir mais o dia seguinte.

Eu reservo em mim um espaço para as criancices e as traquinagens que sempre foram peculiares dessa locutora. Gosto de brincar, mas agora vejo a hora e o local para as brincadeiras. Prefiro um bom vinho dosado, sentada no sofá da minha casa, acompanhada somente do meu amor do que diversas doses de pinga, em um boteco qualquer, que sempre me fizeram agir de forma estranha e diferente do meu regular jeito de ser. Fico angustiada pela falta de grana e simplesmente não consigo mais sair com 5 reais no bolso.

Se isso é ser adulta, estou adulta de corpo e alma. E o que mais me intriga é que estou adorando isso...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Revistas de embelezamento me cansam...

Hoje à tarde, num momento de descontração e lazer, eu encontrei em casa uma revista e peguei-a para folhear, ver as modas, as pessoas...
Era uma dessas revistas de embelezamento feminino.
O que me assusta no conteúdo dessas revistas é que o tal embelezamento dito nessas revistas deve ser privilégio somente para aquelas mulheres naturalmente lindas, com corpos esculturais. Gente, cada vez que me pego lendo alguma matéria dessas revistas eu me sinto a pessoa mais horrenda do mundo e com a menor força de vontade também. O conteúdo delas geralmente me faz ver que realmente eu não sou público alvo para elas. As reportagens sobre dietas me fazem ter pena das pessoas que as seguem. E me faz refletir se é humanamente possível seguí-las. O infeliz que escreve (ou a infeliz que escreve) deve se divertir muito pensando: “HUA AH AH, VAMOS FAZER TODOS OS GORDOS DO MUNDO MORREREM. DE FOME”.
Tem dietas ali que me fazem rir de desespero:
Coma uma fatia de pão integral com queijo cotage e meio copo de leite desnatado.
Ok, como. Mas o café da manhã vai ser o que mesmo?
Sem contar nas infinitas possibilidades de se fazer uma abdominal. E olha que essas revistas são tão convincentes de que aquelas tais maneiras de se fazer as abdominais são funcionais que a pessoa que tá lendo é capaz de largar a revista e se deitar no chão para começar o exercício naquele minuto.
Nessas revistas têm 1001 maneiras de prender seu homem na cama. Obrigada, não me interessa. 439 verdades sobre os orgasmos. A verdade sobre o orgasmo é uma só: ou você tem, ou não. 35 maneiras de andar de salto. Mais uma que eu passo adiante.
Enquanto eu folheava a revista me peguei com uma reportagem que me deu arrepios.
A reportagem denomina-se: 11 verdades que os homens adoram sobre mulheres. Já parei e analisei se valeria a pena gastar meu tempo lendo o título. Resolvi dar um crédito e tentar acabar com esse meu “pré-conceito”. E também fiquei curiosa quanto as asneiras que poderiam estar escritas.
A primeira verdade era: seu jeito suado quando sai da ginástica. Parei. Jura? Eles reparam nisso?
Agora, a segunda dica me chamou muita atenção. Eis: Quando usa as roupas dele. Logo pensei: ou a mina é sapa e o cara não tá notando, ou o cara tem a mesma tara que eu.
Eu acho um charme mulher andar em casa de blusa social de homem. Daquelas brancas, com os dois primeiros botões superiores abertos, so de calcinha. Acho um tesão mesmo. Puro fetiche.
Então pensei: finalmente algo que me interesse. E fui ler.
Serei obrigada a copiar fielmente o parágrago para que vocês possam entender meu desespero:
“Por que será que a sua visão desfilando com uma das camisas dele – e somente isso – o deixa num estado de felicidade quase selvagem? Talvez seja um sentimento meio animal e possessivo deles de olhar e pensar: Ela é minha! Bem, e daí? Os homens tremem ao pensar que somos sua propriedade. E que mal há nisso, desde que a retribuição sejam orgasmos e diamantes?”

PÁRA TUDO!

Vocês leram essas últimas linhas? As duas últimas!!!
Esquecam as outras, porque se pararmos para analisar a quantidade de idiotice escrita vamos ficar até amanhã de manhã. Já está tarde e eu realmente preciso dormir. Mas jamais conseguiria dormir sem externar a minha indgnação para com estas últimas duas linhas.
Há mulheres que pensam dessa forma? Tipo, vamos fazer os caras acharem que somos deles pra eles nos darem orgasmos e diamantes???
Meu Deus!!! Eu nunca esperei ler isso na minha vida.
Para quem eu amo eu dou presentes para ver a pessoa feliz. Para poder admirar o sorriso, a surpresa. Para demonstrar palpavelmente que em algum momento do dia eu parei e dediquei meu pensamento somente para ela.
E orgasmo? Eu sempre quero prover um orgasmo. Sempre. Na verdade eu acho que eu faço sexo para que a outra pessoa sinta prazer, meu prazer mora aí. Não imagino o que seja transar com alguém sem que isso aconteça. E se não acontecer e a transa for maravilhosa, como geralmente é quando estamos devidamente apaixonados, o orgasmo é consequência.

O que passa na cabeça dessas pessoas que escrevem esse tipo de abobrinha? Estudam 4 anos de jornalismo para escrever esse tipo de asneira? E ainda se sentem no direito de reclamar porque acabaram com a obrigatoriedade deste diploma?
Claro que eu não acho que temos que discutir a existência de ETs o tempo todo, ou temos que analisar a teoria relativista ou as consequências da crise mundial, nada disso.
Mas será que não há nada mais interessante para falar além de resumirem mulheres, que lutam tanto pela independência, à dinheiro e sexo?

E olha que o nome da matéria é “ATITUDE”.Que me perdoem os que gostam desse tipo de revista, mas eu prefiro continuar sem atitude. E com um preconceito agora ainda mais acentuado. E fundado também.
Um ciclo se fecha. Um comportamento muda tudo na nossa vida.
Eu tenho a tendência a me tornar amiga das pessoas que eu me apaixono. Mas do que seria baseado um futuro relacionamento se não de amizade?
Na minha concepção de vida, eu enxergo um namoro, um casamento, um envolvimento afetivo sexual, se assim pode-se dizer, como uma amizade com desejo. É simples assim. Essa pessoa tem que ser sua melhor amiga, para todas as horas, porque é ela que será seu porto seguro. É com ela que você vai dividir o que o mundo não entende, é no colo dela que você vai chorar suas frustrações e sorrir as suas glórias. E por ela você sente uma vontade de tocar mais intensa do que aquela que você sente com um amigo.
E por que tem que ser diferente disso?
Eu não sou dada a jogos de amor. Sou dada a conquistas. Há quem diga que quanto mais complicado para mim, melhor. Não concordo. Eu tento descomplicar ao máximo, me aproximar do que mais me desperta para as semelhanças, do que eu mais enxergo afinidades e sinceridade. Mas estou descobrindo que o que as pessoas gostam e de imagens, de ilusões e de inverdades.
Por que precisamos criar imagens e expectativas quando podemos lidar com o que está diretamente nos fazendo um bem intenso?
Estou colocando hoje para fora nada mais do que pensamentos soltos, desabafos repentinos. To explodindo por dentro. E nesse fim de semana explodi com as pessoas que menos têm a ver com isso. Na verdade, ninguém tem nada a ver com isso. Eu deveria olhar no espelho e explodir com o que eu enxergasse nele.
Eu não quero e não vou mudar esse meu pensamento. Ouvi também que vou ficar sozinha por causa dessa síndrome de Gabriela (eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim, Gabrieeeela). Mas definitivamente não acho que eu tenha que jogar para conquistar àquela que digo estar apaixonada. E se alguém por favor, conseguir me convencer do contrário, me avise.
Texto pequeno. To simplesmente cansada do singular. Eu quero meu plural pra voltar a me alegrar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Feriado serve pra que mesmo?

Pra free-lancer essa coisa chamada "feriado" não existe. Aquilo de ter um dia certo para descansar, sair, visitar amigos, viajar... Pura balela! São 2:48 da madrugada e eu acabei de acordar pra trabalhar. Sim, meus horários são completamente diferentes de qualquer pessoa normal. Eu estava com sono às 22:15 e nem consegui assistir ao jogo do Brasil. Mas só em saber que ganhamos da Argentina eu já ganhei a noite. Brasil x Argentina, até para quem não acompanha futebol assiduamente, é final de copa do mundo. Aliás, ultimamente eu não tenho assistido nada assiduamente, a não ser os epísódios dos seriados que estou trabalhando.
Ai, a Colombina, minha cadela, achou de querer ir ao banheiro neste momento. Mas infelizmente o banheiro dela me faz descer e subir 2 lances de escada, sem contar na caminhada incessante para que ela ache o local com o cheiro ideal para que ela faça suas necessidades fisiológicas. Vou cobrir a cozinha de jornal.

Esse fim de semana foi um tanto quanto produtivo. Trabalhei muito, e ainda vou tabalhar mais.
Me alimentei super mal como de costume. Ontem eu agredi meu corpo as 6 da matina, depois de ter passado exatas 10 horas em frente ao computador, trabalhando. Comi um super podrão que eu mesma fiz a base de pão francês, hamburguer, queijo prato, ovo e bacon. E cada vez que eu como algo do tipo eu sinto meu corpo, cada célula me falando o quanto vou me arrepender disso no futuro. Mas eu trato de ignorá-las e sigo em frente com minha orgia gastronômica.
Aliás, pão francês me lembra de quando fui morar em Santos, SP, e do terror que eu vivia para conseguir me comunicar com os habitantes daquela cidade.
Um dia comum, acho que era uma quarta-feira, meu pai me pediu que fosse à padaria para ele, comprar o pãozinho nosso de cada tarde. Claro que eu fui. Morava na cidade há menos de uma semana e estava começando a ficar entediada demais de ficar dentro de casa, porque simplesmente não conhecia uma alma sequer para tentar aplacar aquela solidão opcional. Então, segui para a padaria, que era mais ou menos há 300 metros da minha casa.
Quando cheguei ao local desejado, entrei na fila para pedir os pães, olhando para tudo ao meu redor, absorvendo cada fisionomia para tentar me sentir menos sozinha. E quando chegou a minha vez a novela começou:
- Boa tarde, me vê 10 franceses.
- O que?
- 10 franceses.
Achei que tinha articulado mal a palavra e repeti com calma.
- senhora, o que são 10 franceses.
Sofri alguns segundos de pânico. Meu Deus, como se compra pão nessa cidade???
- Aquele pão ali moça, aquele ali, que tá dentro daquele cesto – apontanto com uma certa irritação para o imenso cesto de pães que estava atrás dela. O único cesto de pães assados naquele momento, diga-se de passagam. Eu sou do Rio de Janeiro e não sei como pede pão ainda nessa cidade.
- Ahhhh!!! – acho que ela entendeu - a senhora quer esse aqui? – aponto para o ÚNICO cesto de pão presente no recinto – esse pão aqui se chama média.
- Média? Gente, se eu peço 10 médias no Rio o sujeito do bar vai rir da minha cara...

Peguei os os pães e saí da padaria, rindo de mim mesma.
Outra que passei foi quando as aulas começaram. Eu estava no primeiro ano do segundo grau, 16 anos, e era o patinho mais lindo da escola. Todo mundo conhecia “a carioca”. Eu era a diferente. As pessoas me perguntavam como o Rio de Janeiro era, como as praias eram, como as pessoas eram. Fui escolhida representante de turma, era mega popular. Particularmente eu amava, né? Quem me conhece sabe o quão leonina eu sou. Mas tinha uma professora de artes que realmente não gostava da minha popularidade, e tinha como meta de vida tentar acabar com a minha alegria. E frequentemente conseguia.
Certo dia esta “queridíssima” professora entra na sala e começa:
- Gente, anotem por favor o material que vocês precisam comprar. Nanquim, pincel... alguém já usou nanquim aqui?
Pra que eu ainda levantava a mão na aula dela?
- Eu, fessora.
- Pra que você usou nanquim?
- Eu desenhava de nanquim imagens na porta do meu armário, fessora, fica lindo!!
Tentando agradar a maldita velha.
- Pixação? É, você tem bem cara de quem faz isso mesmo.
Um fora em um aluno dessa idade causam ruídos na sala que te fazem querer abrir um buraco no chão e ir dormir na China.
- Continuando, nanquim, pincel e uma resma de sulfite.
Sulfite? Ai meu Deus, que merda é essa?
- Alguém tem dúvidas??
E lá estava minha mão no alto.
- Professora, o que é sulfite?
- Como assim, menina? Você não sabe o que é sulfite?
- É que no rio, fessora, deve ter outro nome.
- É, os cariocas são realmente desprovidos de inteligência.
Vocês conseguem imaginar o quanto eu ouvi durante os 3 anos de segundo grau por causa dessa desgraçada?
Tratei de tornar a vida dela um inferno durante esse tempo. Ah, sim... ela se arrependeu de ter se tornado professora.
E agora eu estudo pra isso....
Acho que mesmo sem feriado, vou me manter free-lancer...
E depois desse texto sem sentido, vou voltar ao trabalho. Não acordei a toa né?

Bom feriado para todos!!!

MRS LONELY

O fim de semana chega e traz junto com ele a solidão. Acho que sou a única pessoa do mundo que pede encarecidamente para que o fim de semana acabe. As certezas que o fim de semana me traz não são das melhores. Acho que durante a semana sou capaz de me enganar melhor, de acreditar em contos de fada mais veementemente, sou capaz de ser feliz com apenas uma ideia. Mas o fim de semana.... ah! Este é meu cruel inimigo. É ele que vem me mostrar que não estou vivendo realmente o que eu sonho, que estou apenas iludindo minha mente, ludibriando minhas verdades e enganando meu nobre vagabundo. Me sinto bem. Não estou triste, estou apenas solitária. Meu telefone toca com menos frequência, meu coração bate com menos força. As palavras que adoro ouvir não são proferidas, acordar é menos macio e mais real. Na sexta à noite fui surpreendida com um telefonema no meio da madrugada – ok, confesso, já é sábado – dizendo as doces palavras que adoro ouvir. Uma música trouxe a alguém memórias sobre mim. Que delícia saber que isso acontece. Mas logo em seguida sou surpreendida novamente pela solidão. E ela está sempre sentada ao meu lado. Não me entristece essa solidão. Na verdade está servindo de um ótimo abrigo. Estou me ferindo menos com expectativas, porque simplesmente as afasto de mim. Os sonhos não, mas as expectativas, as quero longe. Conscientemente me contento com a chegada da segunda-feira. Ela trará novamente as certezas que os dias úteis me proporcionam. Falsas ou verdadeiras, os dias úteis me acalentam, suprem minhas carências, me fazem sentir-me aconchegada e querida. Chego a sentir-me até imprescindível. Nada me parece mais real do que antes. Não adianta o que aconteça durante a semana, o fim de semana sempre é solitário. Por mais que a semana seja muito proveitosa para mim, o fim de semana chega para me mostrar meu verdadeiro lugar, meu verdadeiro papel. Temo que essa verdade se torne indestrutível. Apesar de senti-la frequentemente, eu detesto essa solidão que me assola. And this is how you remind me of what I really am. E graças a Deus o Nickelback existe. E o Jason Mraz também.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Duas cenas

Hoje, no ônibus, voltando pra casa, eu vi duas cenas, separadas, que me fizeram parar um pouco meus pensamentos distantes naquele momento. Claro que essas cenas me paralisaram por conta da falta de bateria no meu Nextel e do meu aparelhinho eletrônico que toca músicas. Tadinho, que o deus dos aparelhinhos eletrônicos o tenha em um bom lugar.
Eu parei e analisei separadamente. A primeira cena era de um casal se beijando, em praça pública. Um beijo romântico, daqueles que se dobra o pescoço pro lado, suspira e pensa “que lindo”. O beijo não era sem pudor, era apaixonado.
A outra cena, uns 500 metros adiante era de outro casal, discutindo, ambos chorando. Ele se desculpando por algo que aparentemente não tinha feito e ela, irredutível, dizendo que ele tinha sim magoado ela com aquela atitude. Pude ouvir nitidamente o casal porque foi exatamente na hora que o motorista do ônibus parou no sinal. E também porque estiquei ao máximo meu ouvido para ouvir mais claramente aquela cena.
Pensei em quantas vezes o segundo casal não jurou amor eterno e em quantas vezes o primeiro casal ainda há de discutir daquela forma. Não estou agourando o namoro de ninguém. Estou apenas constatando fatos, porque fatalmente, inevitavelmente e invariavelmente isso acontecerá. É raro encontrarmos um amor que prolongue-se sem que injustiças sejam feitas, sem que brigas sejam criadas, sem que mágoas se tornem rachaduras.
Os amores passam. Eles vêm e se mostram arrebatadoramente eternos e logo em seguida, como num piscar de olhos, acabam sem deixar dúvidas de que voltará nem vestígios de sua existência. Por mais que hesitemos em acreditar que isso possa acontecer conosco. Acotence!
Em muitos momentos pensamos sentir mais do que realmente sentimos. Nos enganamos. Inconscientemente, talvez. Ou conscientemente. Na verdade isso não importa muito tendo em vista de que, de uma forma ou de outra, acabaremos como o segundo casal, discutindo e colocando um fim concreto em algo que antes fazia mais sentido do que o azul do céu.
Não há o que possamos fazer. Por isso, acredito tão veementemente que devemos buscar o que mais se assemelha conosco. Incompatibilidade de gênios é o segundo passo do ditado “os opostos se atraem”.
Não gente, não estou dando uma visão pessimista aos relacionamentos. Vivi alguns maravilhosos, inesquecíveis. Estou tentando entender, como tento sempre, o que acontece na cabeça de alguém que divide sua intimidade com você durante certo tempo e depois te trata como um estranho, sem a menor necessidade.
O segundo casal se amava. Mesmo. Se não, não estariam chorando da maneira que eles estavam. Não estou defendendo o rapaz. E Deus me livre tentar julgar as atitudes da moça. Estou falando que em alguns casos devemos buscar a verdade no olhar das pessoas para tentarmos desvendar os mistérios que circundam as situações inevitavelmente ruins que são criadas. Mas devemos tentar se valer de fato a pena, e não somente para satisfazer um ego idiota, ou um sentimento infundado.

Eu estou feliz. A primeira cena marcou tanto quanto a segunda. A paixão vem, assola, arrebata, aquece. E a dor que ela causa quando um fim estanho acontece não é maior que o prazer que ela proporcionou. De forma alguma.

Que venha outra paixão. Para mim e para todos que lerem esta pequena reflexão.

TCHAU, RITA. BEM-VINDO, VENVANSE.

  Há um tempo meu corpo vem reclamando de algumas coisas. Do cigarro, do peso, do tratamento mal feito que eu tenho seguido para o TDAH. Com...