sábado, 5 de setembro de 2009

Mrs Lonely.

O fim de semana chega e traz junto com ele a solidão. Acho que sou a única pessoa do mundo que pede encarecidamente para que o fim de semana acabe. As certezas que o fim de semana me traz não são das melhores. Acho que durante a semana sou capaz de me enganar melhor, de acreditar em contos de fada mais veementemente, sou capaz de ser feliz com apenas uma ideia. Mas o fim de semana.... ah! Este é meu cruel inimigo. É ele que vem me mostrar que não estou vivendo realmente o que eu sonho, que estou apenas iludindo minha mente, ludibriando minhas verdades e enganando meu nobre vagabundo.
Me sinto bem. Não estou triste, estou apenas solitária. Meu telefone toca com menos frequencia, meu coração bate com menos força. As palavras que adoro ouvir não são proferidas, acordar é menos macio e mais real.
Na sexta a noite fui surpreendida com um telefonema no meio da madrugada – ok, confesso, já é sábado – dizendo as doces palavras que adoro ouvir. Uma música trouxe a alguém memórias sobre mim. Que delícia saber que isso acontece. Mas logo em seguida sou surpreendida novamente pela solidão. E ela está sempre sentada ao meu lado.

Não me entristece essa solidão. Na verdade está servindo de um ótimo abrigo. Estou me ferindo menos com expectativas, porque simplesmente as afasto de mim. Os sonhos não, mas as expectativas, as quero longe.
Conscientemente me contento com a chegada da segunda-feira. Ela trará novamente as certezas que os dias úteis me proporcionam. Falsas ou verdadeiras, os dias úteis me acalentam, suprem minhas carências, me fazem sentir-me aconchegada e querida. Chego a sentir-me até imprescindível.

Nada me parece mais real do que antes. Não adianta o que aconteca durante a semana, o fim de semana sempre é solitário. Por mais que a semana seja muito proveitosa para mim, o fim de semana chega para me mostrar meu verdadeiro lugar, meu verdadeiro papel. Temo que essa verdade se torne indestrutível. Apesar de sentí-la frequentemente, eu detesto essa solidão que me assola.

And this is how you remind me of what I really am.

E graças a Deus o Nickelback existe. E o Jason Mraz também.

Um comentário:

Renata disse...

Lu, a peça que estou fazendo parte do elenco fala muito sobre isso ... da solidão, do não ter nada a fazer, mas que no fundo não podemos deixar a peteca cair e buscar algo e um objetivo para sermos felizes. O pior ás vezes é você estar rodeado de pessoas e se sentir só. Eu acho ... mas entendo perfeitamente o que você quer dizer. Bom, qualquer coisa .. pega um trem e grita aqui na janela. Bjão e um ótimo feriado p/ vc.

A SAGA DA FAXINA

Sete horas da manhã. Acordei, olhei para a casa e pensei: Hoje é um belo dia para se fazer uma faxina. Foi uma vontade totalmente espontânea...