quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Então, é Natal...

Espírito natalino... O natal sempre nos traz essa nostalgia de tudo que poderíamos ter sido se tivéssemos agido de maneira diferente. O natal nos traz esse espírito pueril de que tudo o que desejamos realizar-se-á desde que desejemos intensa e verdadeiramente. Entretanto, não somos capazes de notar tudo que se perdeu ao longo dos anos de caminhada. Todos os planos que foram deixados para trás, todos os princípios que as mais diversas ocasiões trataram de alterar, todos os sonhos que provinham de nossas almas e que agora não fazem mais o menor sentido.
Hoje, dia 25 de dezembro me peguei em casa, sozinha, 19:48 assistindo a um filme que é muito mais do que uma mera comédia romântica água-com-açúcar. Para mim significou uma busca a tudo que eu tinha perdido, a tudo que eu tentei ferrenhamente não deixar para trás mas infelizmente deixei adormecido dentro de mim por algum tempo. E somente adormecido porque, por mais que a vida te faça ver tudo cinza, dentro de você, se algum dia morou o arco-íris, ele estará lá dentro. Basta que você o alcance e traga ele para perto de você novamente.
Não podemos deixar o tempo passar tão em brancas nuvens para determinadas situações. Utopia? Talvez. Mas do que alimentar-se-ia a alma se não de utopias?
Não tenho vergonha de assumir que hoje a tarde fui acometida por uma intensa crise de medo por conta de uns trovões. Medo mesmo, daqueles que dão frio na espinha e te fazem paralisar. Desejei que a minha mãe estivesse em casa, mas ela não estava. Claro que após a paralisação tratei de pegar o telefone e ouvir uma voz que pudesse acalentar esse medo. E o que mais me admira é que essa voz, apesar de conhecida por longa data, agora acalenta de maneira deliciosamente diferente. E disso eu não tenho medo.
Também não tenho vergonha de dizer que tenho muito medo de escuro e que, quando estou em casa sozinha prefiro estar no telefone, ou assistindo TV ou lendo um livro, para me sentir acompanhada. (Um momento, tá escuro...vou acender à luz).
Tenho orgulho em dizer que acredito nas pessoas. Mesmo. Por mais estranho que isso possa parecer, eu gosto de olhar dentro dos olhos e enxergar o colorido. Às vezes recompensa ser assim. Outras se torna muito doloroso.
Não tenho vergonha alguma de assumir os erros que cometi na minha vida. Nenhum deles. E tenho menos vergonha ainda de pedir perdão à todos que foram magoados, feridos ou maltratados por esses erros. À todos que se encaixarem aqui neste parágrafo, meus mais sinceros perdões.
Tenho muita vontade de ter a coragem de falar para algumas pessoas que elas não têm o direito de jogar com os sentimentos de outras pessoas e que com os meus elas não jogam mais. Simplesmente porque não quero.
Assumo que quando sei que há algo de errado na vida de qualquer pessoa que amo entro em contato para saber se em algum nível posso ajudar. Mesmo que essa pessoa não queira nem saber de mim. Dane-se. Eu me importo, sozinha, que seja, e quero pelo menos ter o direito de ouvir dela que tá tudo bem, que vai ficar tudo bem. Só a voz já me acalma.
Gostaria muito de ter o direito de me defender de algumas injustiças que foram atiradas contra mim.
Revendo alguns conceitos, pude notar o quão cruel eu fui com algumas pessoas e o quanto me doei para outras, o que de fato deveria ter sido inversamente proporcional.
Notei que quero as “butterflies” e que não temo senti-las. Quero mesmo amar, sem medo do que dizer para quem dizer. Atualmente isso acontece.
Quero uma vida simples, ao lado de alguém que de tão simples para mim, torne-se diariamente motivo do meu sorriso, ou minha primeira opção. E nem estou falando de casamentos e afins. Estou falando de amor. Seja no nível que for...
Não adianta fumar um cigarro e acender um incenso. Ou se admite que a fumaça é tem um cheiro ruim ou não se acende o maldito cigarro.


Desculpem a falta de métrica ou de palavras difíceis. Essa é uma crise de consciencia, o amadurecimento de uma alma, e não mais um conto daqueles que pretender ser elogiados.

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