terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Quem, eu!?

Prazer, meu nome é sonho!
Moro no infinito de uma mente aberta a me ter por perto. Vago pelos lugares mais obscuros e pelos mais felizes também. Sou desprovido de medo.
Prazer, meu nome é medo!
Vivo fugindo para não encarar a realidade que me alucina, que me encanta e que me inebria. Penso no que os outros vão dizer e achar. Sou desprovido de sonho e vivo preso em uma cápsula, doido pra explodir podendo culpar inteiramente o impulso por isso.
Prazer, meu nome é impulso!
Se não fosse por mim o medo tomaria conta e os sonhos jamais se realizariam. É em mim que mora o “pronto”. Eu moro entre o medo e o desejo, e meu combustível é o sonho. Mas muitas vezes sou impedido pela razão.
Prazer, meu nome é razão!
Eu sou responsável por não permitir que tudo na vida seja apenas sonho, impulso e medo. Sou eu quem comanda os desejos e tenta, ferrenhamente, com que os impulsos não controle-os.
Prazer, meu nome é desejo!
Estou todos os dias presente, me fazendo notar ao olhar para aquela que amo. Vivo a intensidade completa, com uma pitada de insanidade para apimentar os sentimentos. Sou amigo íntimo do impulso e inimigo mortal da razão. Sou criado pelos sonhos e afastado pelo medo. Eu transito entre a paixão e o amor. Na verdade, eu comando a paixão até que ela caminhe sozinha, transformando-se em amor.
Prazer, meu nome é paixão!
Sou eu quem libera a maior parte da felicidade. Eu sou o sonho, o medo, o impulso, o desejo. Sou contrária a razão, apesar de saber, lá dentro de mim, que em muitas vezes ela está correta. Sou quimicamente comprovado. Duro aproximadamente dois anos e sou a porta de entrada para o amor.
Prazer, meu nome é amor!
É difícil de falar pois sou completamente indefinido. Moro no sim, no não, no não quero e no preciso. Vivo entre a cabeça e o coração, o desejo e a razão. Sou a felicidade plena, a tristeza absoluta. Levanto e derrubo. Afago e machuco. E caminho de mãos dadas com meu irmão, o ódio.
Prazer, meu nome é ódio!
Sou tudo o que não precisava e nem queria ser. Sou o contário, por isso existo. Sou a negação de meu irmão e ao mesmo tempo, a afirmação de que ele existe e ainda muito latentemente. Não sobrevivo muito tempo, e posso me tornar o desprezo.
Prazer, meu nome é desprezo!
Vivo naquilo que considero não existir, daquilo que nego a existência, mas na verdade só existo porque, apesar de negar para todos, eu sei que o que desprezo, existe. Na verdade, desprezo até a minha existência. Não passo do amor transformado em ódio e ódio com a ajuda do tempo. E vivo auxiliado pela mentira.
Prazer, meu nome é mentira!
Não duro, sou fraca e necessito de muitos esforços para existir. O que mais me trás é a traição.
Prazer, meu nome é traição!
Sou a fraqueza de espírito e o medo da felicidade, acrescidos da falta de caráter. Sou a maldade para com meu amigo amor. Sou a falta de consideração, a falta de compromisso, a falta do próprio amor. E depois de mim, a alguns poucos, surge o arrependimento.
Prazer, meu nome é arrependimento!
Sou aquilo que eu não queria ter sido, mas infelizmente fui e não posso mudar. Não posso mudar o passado, mas posso, se quiser, aprender com o presente para viver bem no futuro. E com isso, trago o sorriso.
Prazer, meu nome é sorriso!
Me defino como o prazer exposto pela face. É a reação física da emoção sentida. É o que eu sinto quando te vejo, mesmo que de longe.

Quem sou eu? A mistura de todos esses, acrescidos de alguns outros. Eu sou o erro e o acerto, a pureza e a maldade, humana e cruel, feliz e desgastada. Mas não posso me esquecer, preciso me apresentar: Prazer, meu nome é Ludmilla.

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